Origem da festa e definição do dogma
A solenidade da Imaculada Conceição é celebrada em 8 de dezembro, cerca de nove meses antes da memória do nascimento de Maria, em 8 de setembro.
Ao longo dos séculos, a devoção à santidade única de Maria foi amadurecendo na oração do povo de Deus até encontrar expressão estável na liturgia da Igreja.
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX proclamou solenemente o dogma da Imaculada Conceição: Maria, desde o primeiro instante de sua existência, foi preservada de toda mancha do pecado original por uma graça singular de Deus, em vista de sua missão de ser Mãe do Redentor.
O Evangelho da Anunciação
A liturgia desta solenidade apresenta o Evangelho da Anunciação (Lc 1,26–38). O anjo Gabriel visita Maria em Nazaré e a saúda como cheia de graça, revelando que Deus a escolheu para ser a Mãe de Jesus.
Depois de um diálogo marcado por perguntas e escuta, Maria pronuncia o seu “sim”: deseja fazer a vontade de Deus e se oferece inteiramente ao plano de salvação. No seu consentimento confiante, o Verbo se faz carne e começa a habitar no meio de nós.
Um sonho de amor de Deus para a humanidade
Os textos bíblicos da festa recordam que Deus nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis no amor.
Na Imaculada Conceição contemplamos o projeto de Deus levado ao máximo: uma criatura totalmente aberta à graça, na qual o pecado não tem espaço. Maria aparece como primeiro fruto do que o Pai quer realizar em cada batizado.
Chamados a participar da santidade de Maria
Contemplar a Imaculada Conceição não é apenas admirar a beleza espiritual de Maria, mas deixar-se provocar por ela.
A festa recorda que todo cristão é chamado a responder com o próprio “sim” em cada situação concreta. À medida que imitamos a docilidade de Maria, o mundo volta a ver, através de nossas escolhas, um reflexo da beleza de Deus.
