Liturgia Diária
Liturgia do dia
03 de abr de 2028
5a. Semana da Quaresma Ciclo da Pascoa
5a. Semana da Quaresma Ciclo da PascoaCor litúrgica: roxo
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Primeira Leitura
Primeira leitura: Daniel 13, 1-9.15-17.19-30.22-62 ou 41-62
Leitura da profecia de Daniel:
Leitura da profecia de Daniel:
Naqueles dias: Na Balilônia vivia um homem chamado Joaquim.
Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias, que era muito bonita e temente a Deus.
Também os pais dela eram pessoas justas e tinham educado a filha de acordo com a lei de Moisés.
Joaquim era muito rico e possuía um pomar junto à sua casa.
Muitos judeus costumavam visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos.
Ora, naquele ano, tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia dito: 'Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por condutores do povo.' Eles frequentavam a casa de Joaquim, e todos os que tinham alguma questão se dirigiam a eles.
Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e passear no pomar de seu marido.
Os dois anciãos viam-na todos os dias entrar e passear, e acabaram por se apaixonar por ela.
Ficaram desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus justos julgamentos.
Assim, enquanto os dois estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas.
E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor.
Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos que estavam escondidos, e a espreitavam.
Então ela disse às empregadas: 'Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho'.
Apenas as empregadas tinham saído, os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo: 20'Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo.
Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! Caso contrário, deporemos contra ti, que um moço esteve aqui, e que foi por isso que mandaste embora as empregadas'.
Gemeu Susana, dizendo: 'Estou cercada de todos os lados! Se eu fizer isto, espera-me a morte; e, se não o fizer, também não escaparei das vossas mãos; 23mas é melhor para mim, não o fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!' Então ela pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela.
Um deles correu para as portas do pomar e as abriu.
As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o que estava acontecendo, Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos, os empregados ficaram muito constrangidos, porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana.
No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido.
Os dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa de conseguir sua condenação à morte.
Por isso, assim falaram ao povo reunido: 29'Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim'! E foram chamá-la.
Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de todos os seus parentes.
Os que estavam com ela e todos os que a viam, choravam.
Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana.
Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois seu coração tinha confiança no Senhor.
Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento: 'Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher entrou com duas empregadas.
Depois, fechou as portas do pomar e mandou as servas embora.
Então, veio ter com ela um moço que estava escondido, e com ela se deitou.
Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos esta infâmia.
Corremos para eles e os surpreendemos juntos.
Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas, fugiu.
A ela, porém, agarramos, e perguntamos quem era aquele moço.
Ela, porém, não quis dizer.
Disto nós somos testemunhas'.
A assembléia acreditou neles, pois eram anciãos do povo e juízes.
E condenaram Susana à morte.
Susana, porém, chorando, disse em voz alta: 'Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!' O Senhor escutou sua voz.
Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel.
E ele clamou em alta voz: 'Sou inocente do sangue desta mulher!' Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou: 'Que palavra é esta, que acabas de dizer?' De pé, no meio deles, Daniel respondeu: 'Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel? Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!' Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: 'Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice.' Falou então Daniel: 'Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei.' Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: 'Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar.
Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: 'Tu não farás morrer o inocente e o justo!' Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?' Ele respondeu: 'É sombra de uma aroeira.' Daniel replicou 'Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça.
Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!' Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: 'Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração.
Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a vós.
Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade.
Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?' Ele respondeu: 'Debaixo de uma azinheira.' Daniel retrucou: 'Também tu mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça.
Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!' Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam.
E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas.
E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo.
E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.
- Palavra do Senhor - Graças a Deus
Salmo Responsorial
Salmo 22 (23)
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.
- O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
- Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
- Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
- Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
Aclamação ao Evangelho
- Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
- Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33, 11)
Evangelho
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8, 12-20
Naquele tempo: Disse Jesus aos fariseus: 'Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.' Então os fariseus disseram: 'O teu testemunho não vale, porque estás dando testemunho de ti mesmo.' Jesus respondeu: 'Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque sei de onde venho e para onde vou.
Mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou.
Vós julgais segundo a carne, eu não julgo ninguém, 16e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas comigo está o Pai, que me enviou.
Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.
Ora, eu dou testemunho de mim mesmo e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim.' Perguntaram então: 'Onde está o teu Pai?' Jesus respondeu: 'Vós não conheceis nem a mim, nem o meu Pai.
Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai.' Jesus disse estas coisas, enquanto estava ensinando no Templo, perto da sala do tesouro.
E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado.
Palavra da Salvação.
- Palavra da salvação - Glória a Vós, Senhor
